sábado, 29 de dezembro de 2007

O CIRCO DE CAVALOS - conto escrito por SADASAKTI - 1a Parte



LHES ENVIO O CONTO DE SADASAKTI, O CIRCO DE CAVALOS, PRIMEIRA PARTE, ATÉ DIA 1 ENVIAREI O CONTO EM PARTES.

O CIRCO DE CAVALOS

Era uma vez uma pequena menina que nasceu em Enruoblem, Ailartsua. Era uma lindíssima criatura, muito amada por seus pais. Seu nome era Ela.

Ela tinha muitos sonhos e acreditava que tinha o poder de realizar todos. Porém o que mais sonhava, o que mais desejava Ela, era ter um pônei. Cada ano, dia após dia, ao chegar o mês de Dezembro, Ela pedia ao Papai Noel um único presente de Natal: um pônei. E ano após ano, recebia lindos presentes, mas nunca um pônei.

Assim, Ela cresceu acreditando que podia criar seus maiores sonhos e, ao mesmo tempo, alimentando a dúvida, pois seu desejado pônei jamais chegou entre os presentes natalinos.

Foi por essa razão que Ela desenvolveu uma obsessão com os cavalos. Debruçava-se na janela de sua casa cada vez que escutava um relincho, ainda que viesse de muito longe. Seu desejo foi tal que Ela podia dar forma de cavalo, em sua imaginação, a qualquer animal. Para Ela, um cachorro, um gato, um cordeiro e até um porco podiam converter-se em um maravilhoso corcel mágico. Mas nem mesmo sua imensa capacidade imaginativa fez com que Ela ganhasse um pônei no Natal.

Um dia, Ela escutou uma grande confusão no povoado. Pela primeira vez, em sua tranqüila e quase tediosa vila, se escutavam risadas nas ruas e todo o tipo de sons musicais e animais. Como de costume, Ela correu até a porta, esperando ver, entre os animais que desfilavam pela rua, um cavalo, ou melhor ainda, um pônei.

Diante de seus olhos deslumbrados passaram elefantes, chipanzés, leões, tigres, pombas e até um camelo. Mas não havia um só cavalo, nem uma mula, e tampouco um pequeno pônei. Ela não podia acreditar. Era um circo, um grande circo com animais, palhaços, mágicos, contorcionistas e equilibristas. Mas sem cavalos. Ela sempre havia pensado que os circos tinham todo tipo de animais, em especial cavalos e pôneis. Lamentavelmente agora estava comprovando que não era bem assim.

Neste dia, Ela experimentou uma mescla de sentimentos, uma grande alegria pela presença do circo, pois toda a fantasia e os espetáculos que veria a faziam vibrar; e uma grande tristeza porque o que ela adorava, a grande paixão de sua vida – os cavalos – continuavam sem aparecer.

Então Ela, ainda sendo só uma menina, decidiu fugir de casa. Sabia que seus pais a amavam, sabia que seu irmão também a adorava, ainda que muitas vezes não fosse amigável com ela; mas mais que tudo, sabia que seu coração estava gritando-lhe que fosse atrás de seu sonho. E ela o fez!

Na manhã seguinte ao último espetáculo do circo, a mãe de Ela foi acordá-la para levá-la ao colégio e não a encontrou em sua cama. Também faltavam algumas coisas nas gavetas de seu armário, e o que mais destacava era a ausência da bicicleta, que Ela havia recebido como presente no último Natal em que pediu um pônei. Ela partiu com o circo. Sua mãe soube imediatamente, desde o momento em que não a encontrou no quarto, e confirmou ao correr pátio e ver que a bicicleta tampouco estava lá.

Ela foi embora triste e insegura porque estava abandonando seu lugar seguro e sua comodidade, mas seu sonho era tão forte, que não pôde conter-se, e deu um salto de fé.

Entretanto, o circo ao qual ela havia se unido, não satisfazia exatamente seus desejos – como já sabemos, esse circo não tinha cavalos. O que enchia Ela de esperanças era a possibilidade de mudar o circo. Ela entrou no circo com a idéia de mudar tudo, ela converteria este circo em uma fantasia animada de cavalos.


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